terça-feira, agosto 29, 2006

COMEÇA HOJE CONGRESSO DE FOLCLORE



"Para Cascudo não existia essa coisa de cultura erudita ou popular. Tudo era igual.”
Daliana Cascudo

Hugo Macedo
Image Hosted by ImageShack.us
Folclorista pernambucano Zé Fernando foi um gigante nos trabalhos para que o Congresso acontecesse

Câmara Cascudo é tema da primeira noite do Congresso
29/08/2006 - Tribuna do Norte

As discussões sobre o folclore nacional passam necessariamente, a partir de hoje, pela cidade natal de Câmara Cascudo. O maior nome da cultura popular do Estado, inclusive, é o grande homenageado do 12º Congresso Brasileiro de Folclore, que vem com o tema “Folclore e Turismo: cenário de inclusão social”, que segue até 1º de setembro no Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (CEFET/RN) e Fundação José Augusto. O evento conta com os maiores pesquisadores da cultura popular do país. Além dos debates, o congresso terá apresentação das manifestações culturais locais e de outras regiões brasileiras.

Na conferência de hoje, o escritor e presidente da Academia Norte Rio Grandense de Letras (ARNL), Diógenes da Cunha Lima e a escritora Ana Maria Cascudo falam sobre a obra de Cascudo.

Na solenidade de abertura também serão entregues as medalhas de Honra ao Mérito, pela Comissão Norte-Rio-Grandense de Folclore, a cerca de 40 homenageados do Rio Grande do Norte e de outros estados do País, que colaboram para que a cultura popular se mantenha viva.

Apresentações e programação paralela

Na programação paralela, hoje tem a abertura da exposição “Cultura popular nas artes plásticas”, na Fundação José Augusto. No CEFET terá, a partir das 18h30, Boi de Reis de Bocas, Bandeirinhas de Touros, declamadores (Paulo Varela, Bob Motta e Antônio Francisco), e show “Lírio Verde”, de Isaque Galvão.

No Palácio Potengi, às 21h, terá noite dedicada às “danças antigas e semi-desaparecidas”, com pastoril de Tibau, caboclos de Major Sales, grupo Araruna, musical “Usina”, de Khrystal, “Serenata do pescador”, com Fernando Tovar, entre outros.

No dia 31/08, o destaque será o I Cortejo Folclórico do Centro Histórico de Natal, que passará pela Santa Cruz da Bica, Memorial Câmara Cascudo, Palácio da Cultura, Praça André de Albuquerque. Destaque para a presença do secular Maracatu Leão Coroado, de Pernambuco, no cortejo. A programação se encerrará na Cidade Alta com a peça “Viva Cascudo na Terra dos Folguedos”, de Dimas Carlos. No dia 1º, no CEFET, o destaque será o Concerto de Violeiros, às 19h30, com nomes como Antônio Sobrinho e Aldaci França.

Uma mostra de artes plásticas será aberta no Palácio da Cultura, a partir do dia 30, e durante todo o evento, funcionará a ‘Praça Sabor Brasil’, no CEFET, com restaurantes tradicionais onde o público poderá conferir a gastronomia local, regional e brasileira.

PALESTRAS DE HOJE

Dia 29 de agosto - terça-feira

14 h - Credenciamento e entrega de material aos congressistas

18 h - Cerimônia de abertura do 12º Congresso Brasileiro de Folclore Homenagem póstuma a Rose-Marie Reis Agrifoglio, por Paula Simon Ribeiro - Lançamento dos Anais do XI Congresso Brasileiro de Folclore

Bariani Ortêncio - presidente da Comissão Goiana de Folclore

19 h - Conferência 01 - Luís da Câmara Cascudo: um brasileiro feliz.

Conferencista Prof. Dr. Diógenes da Cunha Lima

Presidência da mesa: Dra. Anna Maria Cascudo Barreto

20 h - Entrega de condecorações e outras honrarias

20h30 - Abertura do Salão Brasileiro de Arte e Cultura Popular, da Praça Sabor Brasil.

Hugo Macedo
Image Hosted by ImageShack.us

domingo, agosto 27, 2006

PRIMEIROS REGISTROS



Eu queria mas não posso
Fazer o dia maior

Versos cantados pelo grupo de Manoel Marinheiro

Alexandro Gurgel

Gigante do Grupo de Manoel Marinheiro

Alexandro Gurgel

Grupo de Manoel Marinheiro diante da Igreja dos Santos Reis

Alexandro Gurgel

Diante das imagens dos Reis Magos, em Santos Reis

ESTÍMULO DA UNESCO



Trabalha, Marujo
Trabalha ligeiro
Quem não trabalhar
Não ganha dinheiro

Quadrinha cantada ontem, pelo Grupo de Manoel Marinheiro, defronte às imagens dos Reis Magos, em Santos Reis

Alexandro Gurgel

A Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, na Redinha, será um dos cenários para a apresentação dos grupos destacados para o Congresso de Folclore

A hora e a vez do folclore brasileiro
O Poti, 27/08/06

Grandes especialistas em folclore se reúnem em Natal de terça a sexta-feira dentro do 12º Congresso Brasileiro de Folclore que se realiza no Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte - Cefet. Com o tema central Folclore e Turismo: cenário de inclusão social, as conferências e mesas-redondas terão a participação de acadêmicos e folcloristas que representam o pensamento da cultura popular do País. O Congresso homenageia Luís da Câmara Cascudo.

As palestras e mesas-redondas contarão com nomes nacionais de estudiosos da cultura popular. Dentro deste segmento, foram convidados ainda acadêmicos estrangeiros como Pinello Tiza, português, que trará informações sobre o uso das máscaras de corpo inteiro sob forma de bonecos gigantes, como os utilizados em Portugal e absorvidos na cultura brasileira.

Outro exemplo de nome internacionalmente reconhecido é Ria Lemaire, da Universidade de Poitiers, na França, que mantém um centro de estudos da cultura popular brasileira, ao qual está agregado o Fonds Cantel, que dispõe da maior coleção de literatura de cordel brasileira fora do país. O português Arnaldo Saraiva, catedrático da Universidade do Porto, que se dedica ao estudo da literatura oral brasileira, também estará presente.

Outros três segmentos compõem a programação do Congresso. O de natureza científica, com cursos destinados a professores e estudantes, com a finalidade de trazer informações sobre o universo do folclore brasileiro; as oficinas pedagógicas, com trabalhos destinados a estudiosos, professores e estudantes; e o lúdico, no qual estarão em destaque as ocorrências de fatos folclóricos do Rio Grande do Norte. Este quarto segmento será realizado fora do horário dos trabalhos científicos, será aberto à comunidade e complementa as apresentações de cultura popular que estarão sendo promovidas pela Fundação José Augusto.

O Congresso é idealizado pela Comissão Nacional do Folclore, sociedade ligada ao Instituto Brasileiro de Ciências e Cultura, e estimulado pela Unesco. As atividades são abertas a estudiosos de todo o país que podem apresentar seus trabalhos científicos aos grupos de trabalho. Até o início desta semana tinham sido inscritas 136 comunicações científicas, sendo a maioria do Rio Grande do Norte e algumas de fora do país.

O Congresso produzirá uma massa de informação que será apresentada à comunidade acadêmica local, do Brasil e de vários outros países, nos anais, com a produção científica de conferencistas e debatedores. Para a sociedade será um reencontro com os fatos folclóricos do Rio Grande do Norte que durante o Congresso serão apresentados à população.

sábado, agosto 26, 2006

HOJE TEM FOLIA DE REIS

Image Hosted by ImageShack.us

"Onde estiver um homem, aí viverá uma fonte de criação e divulgação do folclore."
Luís da Câmara Cascudo

Image Hosted by ImageShack.us
Cascudo, com os netos Daliana e Newton


XII ENCONTRO DE FOLCLORE E CULTURA POPULAR
PROGRAMAÇÃO DE HOJE

26/agosto/2006
Pátio da Igreja de Santos Reis
Folia de Reis
16:00h – Lançamento do livro "Folia de Reis", do folclorista Affonso Furtado
17:00h – Boi de Manoel Marinheiro
17:45h – Boi de Reis de São Gonçalo do Amarante

DOS BARREIROS

Image Hosted by ImageShack.us

"Lá nos Barreiros onde eu nasci,
Em São Gonçalo onde eu me criei,
Eu vou voltar pra meu sítio Oiteiro,
Adeus Rio de Janeiro, adeus."
Versos cantados por Dona Militana numa apresentação no Teatro João Caetano, Rio de Janeiro, durante participação especial no espetáculo "Lunário Perpétuo", ao lado do brincante pernambucano Antônio Nóbrega

Hugo Macedo
Dez minutos de prosa com Dona Militana

Rafael Duarte
Tribuna do Norte, 26/08/2006

Aos 81 anos, Dona Militana dispensa as teorias sobre a “salvação” da cultura popular no Estado. Não é de muito papo nem liga para quem acha que sabe tudo de folclore. A romanceira que recebeu recentemente das mãos do presidente Lula a Comenda da Ordem do Mérito Cultural quer apenas sossego. E tirá-la da paz da casinha de taipa onde mora em São Gonçalo do Amarante, definitivamente, não foi uma boa idéia naquela quarta-feira. Com menos de dez minutos de prosa, Dona Militana cruzou os braços e anunciou o que todos já pressentiam: “quero ir embora! Quero ir para minha casa!”, bradou.

Enquanto o neto que a acompanhava não escondia o constrangimento pela cena, as atenções do restante do grupo se voltaram para a romanceira. O pesquisador Deífilo Gurgel foi rápido e puxou da memória um dos romances da impaciente Militana. Só não imaginava a reação que viria do outro lado. “É um romance belíssimo, com passagens lindas. Mas tem um verso que fala num homem de voz fina. Será que ele desmunheca?”, questionou em tom de brincadeira. A resposta veio de pronto, afiada e rasteira. “É não, menino. Voz fina quer dizer que o homem foi gentil!”, disparou no rumo do desconcertado professor.

A inocência cruel de Dona Militana dá luz à sabedoria popular. É capaz de transformar frases simples em ditados. Quando indagada sobre se não sentia falta do reconhecimento pelo trabalho desenvolvido como romanceira ao longo dos anos, devolveu a pergunta. “E tem coisa melhor de que viver sozinha?”, disse.

A insistência do repórter na ausência do Estado como agente de preservação da cultura popular rendeu reação semelhante, além de elevar o nível de impaciência dela. “É melhor estar sozinha do que mal acompanhada!”, encerrou o assunto antes de se levantar e tomar o caminho de casa.

TRABALHO SOLITÁRIO

Image Hosted by ImageShack.us

"Eis o mérito do Prof. Deífilo Gurgel: buscou as fontes primárias. Palmilhou os caminhos do Rio Grande do Norte de máquina fotográfica e gravador a tiracolo, ouvindo gente, batendo em portas e sentando-se nos terreiros das casas humildes para ouvir contarem os fragmentos desbotados da tradição popular."

Iaperi Araújo


Um canto de muro para o folclore
Tribuna do Norte, 26/08/2006
Rafael Duarte - Repórter

Pode parecer óbvio, mas tem gente que não sabe: a cultura popular não vive somente do mês de agosto - época em que o folclore é lembrado no país através de debates e apresentações das tradições locais. No Rio Grande do Norte, por exemplo, há grupos que se mantém às duras penas em atividade durante o ano todo. Alguns já desapareceram. A falta de apoio é ainda o grande problema a ser enfrentado. Aposentadoria para os que prestaram serviço à cultura local? É lenda para boi dormir. Os que conseguiram emprego em outros setores para completar a renda contaram com a ajuda de gente que vem dedicando a vida ao registros das manifestações do povo, como o pesquisador Deífilo Gurgel.

A realização do 12o Congresso Brasileiro de Folclore, em Natal, na próxima semana, mostra ao menos que a cultura popular do Estado tem projeção nacional. O fato se deve, e muito, à luta do professor Luís da Câmara Cascudo em preservar as tradições locais. Em vida, ele registrou o que pôde da raiz potiguar e contou ao mundo. Não por acaso, o maior nome da cultura do Estado ainda hoje é lembrado Brasil afora. “Ele fazia tudo sozinho. Em 1941, Cascudo lançou a sociedade brasileira de folk-lore para registrar as manifestações locais e nacionais. Seis anos depois é que criaram a comissão nacional de folclore. Ou seja, ele estava muito na frente do seu tempo”, analisa a neta Dhaliana Cascudo.

A ausência física de Cascudo, no entanto, é um fato há 20 anos. O folclore potiguar continua. O que fazer, então, para mudar o quadro e resgatar as tradições locais?

A TRIBUNA DO NORTE provocou esta semana algumas pessoas envolvidas com o tema para discutir o assunto. Participaram do encontro a presidente da Fundação José Augusto, Isaura Rosado, o pesquisador Deífilo Gurgel, o coordenador local do 12o Congresso Brasileiro de Folclore, Severino Vicente, a romanceira Dona Militana, a viúva do mestre Manoel Marinheiro que mantém a tradição do boi de reis no bairro de Felipe Camarão, Odaíza Pontes Galvão, além da diretora do Memorial e neta de Cascudo, Dhaliana Cascudo.

O bate-papo ocorreu quarta-feira passada no Memorial Câmara Cascudo a partir da pergunta: “Como cada um vê o folclore no Estado?”. Após uma hora de conversa, um fato foi apontado: não existe uma medida prática sendo tocada no RN para mudar a situação.

A presidente da FJA, Isaura Rosado, defendeu que o resgate tem que estar atrelado ao turismo, mas não disse como se daria essa relação. A tese, inclusive, é tema do congresso que começa na próxima segunda-feira. “A cultura está ligada à atividade econômica e o turismo é fundamental para isso. Temos que explorar o folclore dessa forma, afinal essa é a terra de Câmara Cascudo. Como o professor Deífilo Gurgel costuma dizer, temos os grupos folclóricos mais importantes do país”, disse ela, que anunciou ainda a publicação de dois editais para a construção do memorial Chico Antônio, orçado em R$ 68 mil, e da Estação Central de Cultura Popular, que deve custar R$ 780 mil.

Pesquisador diz que trabalho é solitário

O pesquisador Deífilo Gurgel - apontado pelo grupo como um dos sucessores de Cascudo, ao lado de Oswaldo Lamartine e outros historiadores - denunciou que, no folclore, as pessoas trabalham sozinhas. “Infelizmente é assim. No tempo de Cascudo, ele chegou a ser denunciado a Juvenal Lamartine por um professor do Atheneu que disse que em vez de ensinar história, mandava os alunos dele pesquisar sobre lendas como lobisomem e mula-sem cabeça”, afirmou.

Ele contou que tinha um projeto para reunir num mesmo local vários grupos tradicionais do Estado, mas desistiu porque não teve apoio. “Era a Vila Chico Santeiro. Algumas pessoas disseram que não ia dar certo porque cada um vive em seu ambiente, mas iríamos fazer uma coisa para manter as tradições. Me ofereceram um terreno em São Gonçalo uma vez, mas deixei para lá. Depois de muita luta fui conseguindo um emprego aqui outro ali para algumas pessoas, mas nem sempre dava. Para você ter uma idéia, liguei essa semana para a comissão nacional de folclore para dizer que estávamos sem dinheiro para fazer o evento. A presidente disse que era assim mesmo, que o último congresso em Porto Alegre foi feito com o que sobrou do carnaval. Aí eu disse: sobra!? Aqui não conseguimos nem a sobra do foliaduto!´”, afirmou.

Sentindo na pele a falta de interesse das autoridades, a viúva do Mestre Manoel Marinheiro, Odaíza Galvão, conta que o boi de reis em Felipe Camarão foi esquecido. O grupo é dividido em dois: o juvenil, que conta com o apoio da Ong Terra Mar, e adulto, que sobrevive com dificuldade.

“Quando Manoel Marinheiro ainda era vivo chegaram a dizer que nos apoiariam. Até hoje, só veio a Ong TerraMar. Mas só bancam as crianças. A outra parte do boi fica sem proteção. Eu trabalho todos os dias costurando as roupas e os figurinos dos brincantes. Quando sobra pano, faço para os adultos, mas não é sempre. Acho que precisaria de muita coisa para mudar. Meu marido não sabia ler nem escrever, mas representou a cultura do Estado. A obra dele merecia uma atenção melhor”, desabafou.

BALANÇA, MEU BOI

Image Hosted by ImageShack.us

Evidente que as raízes do boi calenba são portuguesas, ligadas ao ciclo do gado, para vários autores. Outros, vêem o sincretismo europeu e banto. Mestre Mário de Andrade considera o boi calemba fundamentalmente nacional, na sua música, tipos, costumes.
Personagens centrais: O Boi, Vaqueiros (Mateus e Birico), Rosa, Caipora, Burrinha, Galantes, Catirina
Veríssimo de Melo, in Xarias e Canguleiros


Image Hosted by ImageShack.us
Boi lombrado, de Diniz Grilo (acervo:UnP)

BALANÇA MEU BOI, BALANÇA:
A CULTURA POPULAR NAS ARTES PLÁSTICAS

IAPERI ARAUJO
Da Comissão Norte-riograndense de Folclore
e da Comissão Internacional
de Medicina Popular da IOV/UNESCO

A cultura do povo tem sido um dos principais motivos de inspiração dos artistas plásticos principalmente por refletir a alma do povo em todas as suas manifestações e por fazer parte do universo cultural onde as artes plásticas estão inseridas.

Inegável a contribuição dessa ideologia feérica do povo. Nela estão presentes não somente as manifestações dos ludi, o festivo, as brincadeiras, as festas e alegorias, mas também o cotidiano do lavor, o trabalho diuturno na casa, no campo, nas cidades e nas feiras.

A cultura popular comporta um imenso universo de manifestações e esse universo se apresenta em todas as suas formas nas artes plásticas, sendo bebedouro dos artistas na sua inspiração, quando desejam fazer uma arte genuína e nacional.

Da casa do povo captam os motivos mais singelos do cotidiano. A vida simples nos pequenos gestos do fazer e do viver. O criatório dos pequenos animais, a comida, o mobiliário e o vestuário. O criar os filhos, o dar de comer aos animais do seu terreiro, lavar roupas nos rios e cacimbas, costurar, fazer suas tarefas domésticas.

Nesse fazer diário, o artista também se inspira nos pequenos gestos populares do cuidar das plantas de ornamento do jardim e do sustento do pomar. No lavrar a terra e colher seus frutos nos insuspeitos rituais bacantes de fertilidade.

Da rua, a inspiração vem das festas alegóricas, sempre carregadas do espírito de religiosidade. Os pastoris, reisados, lapinhas, camaleões e danças tradicionais. A marujada, os congos, o fandango da nau catarineta, as bandeirinhas de São João, o espontão e a procissão dos negros do rosário.

Essa a cultura genuína do povo que os artistas plásticos, inseridos em seu contexto, percebem seu pulsar de vida a cada momento e transferem para as expressões de sua arte, esse permanente estímulo, recriando-a com seu estilo e sua forma de expressão para garantir sua sobrevivência, pelo menos através do registro.

Todo artista tem compromisso com seu povo e com seu tempo. A história que é mestra tem mostrado isso, razão pela qual a cultura popular tem sido essa marcante experiência de vida, integrando o processo de criação das artes plásticas como razão e vida do nosso povo.

CONGRESSO DE FOLCLORE: PROGRAMAÇÃO

Image Hosted by ImageShack.us

Ê BUMBA, Ê, MEU BOI!
Eduardo Alexandre

Durante o XII Congresso Brasileiro de Folclore / XII Encontro de Folclore e Cultura Popular, a realizar-se nesta cidade do Natal, entre 29 de agosto e 1º de Setembro deste 2006, estaremos realizando dois cortejos folclóricos que têm por objetivo a documentação e a apresentação pública de autos populares que vêm dos tempos coloniais, trazidos pelos colonizadores europeus ibéricos e escravos negros da costa oeste africana, que aqui ganharam influência da cultura dos índios de Pindorama, nativa.

O primeiro, a realizar-se a 30 de agosto, a partir das 21:00 horas, em homenagem ao mestre Cornélio Campina, terá como palco o Largo João Alfredo, na Redinha, tendo como cenário o Mercado Público, o Redinha Clube, a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, a Capelinha dos Pescadores e as margens do Potengi e gamboa do Jaguaribe. Neste momento, apenas grupos folclóricos apresentarão seus autos.

Ainda no dia 30, autores do livro “Cascudo guardião das nossas tradições”, organizado pela professora Isaura Amélia Rosado Maia, autografarão a obra no Palácio Potengi, a partir das 18:00 horas.

No Centro Histórico de Natal, onde a cidade nasceu, a partir da Santa Cruz da Bica, no chamado Baldo do rio Tissuru, onde a população primitiva “bebia água”, teremos o segundo cortejo, no dia seguinte, 31 de agosto, começando às 16:00 horas. Ali, grupos folclóricos e para-folclóricos evoluirão pela rua Santo Antônio, tendo como cenário o seu antigo casario, a Igreja de Santo Antônio ou do Galo, até o Memorial Câmara Cascudo, já na Praça André de Albuquerque, para registros defronte à Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, Larguinho Vicente de Lemos, defronte ao Instituto Histórico e Geográfico do RN, e posterior apresentação em palco aberto da Praça da Poesia, jardins do Palácio Potengi, finalizando no centro da Praça André de Albuquerque.

Esses cortejos foram pensados não para se caracterizarem como grande espetáculo, mas para proporcionarem aos grupos condições espaçosas e propícias às apresentações. Eles evoluirão em espaços de 40 minutos entre um e outro, para que possam mostrar a beleza particular de cada um deles, em enredos, indumentárias e cantos.

Afora os cortejos de rua, o Congresso apresentará todos os dias outros espetáculos no CEFET, onde se realiza a programação científica, uma apresentação de autos de bois-de-reis defronte à Igreja de Santos Reis, neste sábado, 26 de agosto, quando do lançamento do livro “Folia de Reis”, do folclorista carioca Afonso Furtado; duas exposições de artes plásticas sob o tema “Cultura Popular nas Artes Plásticas”, na Galeria Newton Navarro, salão de entrada da Fundação José Augusto, e Palácio da Cultura.

Um dos momentos mais esperados do Congresso é a apresentação da Chegança, de Barra de Cunhaú, que acontecerá no CEFET, dia 1º de setembro, às 20:00 horas. A grande surpresa, o cenário que o poeta popular e cenógrafo Paulo Varela está preparando.


Image Hosted by ImageShack.us


XII Congresso Brasileiro de Folclore
XII Encontro de Folclore e Cultura Popular

PROGRAMAÇÃO CULTURAL

26/agosto/2006
Pátio da Igreja de Santos Reis
Folia de Reis
16:00h – Lançamento do livro "Folia de Reis", do folclorista Affonso Furtado
17:00h – Boi de Manoel Marinheiro
17:45h – Boi de Reis de São Gonçalo do Amarante

29/agosto/2006
Fundação José Augusto
10:00h – Exposição: Cultura Popular nas artes plásticas

CEFET
18:00h – Abertura do XII Congresso Brasileiro de Folclore – Programação Científica
18:00h – Lançamento da Revista Continente – Câmara Cascudo: Vida dentro da obra
21:00h – Fandango de Canguaretama

30/agosto/2006
CEFET
08:00h – XII Congresso Brasileiro de Folclore – Programação Científica
18:30h – Boi de Reis de Bocas
19:00h – Bandeirinhas de Touros
19:30h – Declamadores: Paulo Varela, Antônio Francisco, Bob Motta
20:30h – Isaque Galvão – Musical "Lírio Verde"

Palácio Potengi – Praça 7 de Setembro
18:00 - Abertura da exposição "Cultura Popular nas artes plásticas do RN"
18:00h – Lançamento do livro "Cascudo Guardião das Nossas Tradições", organizado pela professora Isaura Amélia Rosado Maia

Noite Cornélio Campina
Redinha
50 anos à vida das danças antigas e semi-desaparecidas
21:00h – Tema de Abertura: "Linda Baby", de Pedro Mendes, por Carlos Bem
21:10h – Boi de Manoel Marinheiro
21: 50h – Pastoril de Tibau do Sul
22:30h – Grupo Cavalo Marinho de Bayeux
23:10h – Caboclos de Major Sales
23:50h – Boi de Reis de Dedé Veríssimo
00:30h – Grupo Araruna – Danças antigas e semi-desaparecidas
01:10h – Musical "Usina", com Khrystal
01:50h – Coco de Roda de Tibau do Sul
02:30h – Congos de Calçola de Ponta Negra
03:00h – Coco Maracajá
03:30h – Serenata do Pescador – Fernando Tovar


31/agosto/2006
CEFET
08:00h – XII Congresso Brasileiro de Folclore – Programação Científica
18:30h – Caboclinhos de Ceará Mirim
19:00h – Congos de Calçola de Ponta Negra
19:30h – Grupo Araruna – Danças antigas e semi-desaparecidas
20:00h – Roberto do Acordeom

Santa Cruz da Bica – Memorial Câmara Cascudo – Palácio da Cultura – Praça André de Albuquerque
I Cortejo Folclórico do Centro Histórico de Natal
16:00h – Caboclinhos de Ceará Mirim
16:40h – Congos de Calçola de Ponta Negra
17:20h – Pastoril de Pirangi
18:00h – Cavalo Marinho de Bayeux
18:40h – Boi de Reis Estrela do Oriente
19:20h – Coco de Roda de Dona Neném
20:00h – Caboclos de Major Sales
20:40h – Companhia Parafolclórica da UFRJ
21:20h – Grupo Parafolclórico da UFRN
22:00h – Maracatu Leão Coroado de Recife
22:40h – Espetáculo Teatral "Viva Cascudo na terra dos folguedos", de Dimas Carlos


01/setembro/2006
CEFET
08:00h – XII Congresso Brasileiro de Folclore – Programação Científica
18:30h – Coco de Zambê
19:00h – Pastoril de Tibau do Sul
19:30h – Concerto de Violeiros: Antônio Sobrinho – Francisco Sobrinho – Sebastião da Silva – Cícero Nascimento – Amâncio Sobrinho – Aldaci de França – José Isidro – Luiz Maurício – Assis Sobrinho – Raimundo Lira
20:00h – Chegança de Barra de Cunhaú
20:30h – Tirinete de Tracuá



Image Hosted by ImageShack.us

12º CONGRESSO BRASILEIRO DE FOLCLORE
(em homenagem a Luís da Câmara Cascudo)
Natal – Rio Grande do Norte 29 de agosto a 1° de setembro de 2006

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

Dia 29 de agosto – terça-feira

14:00 h – Credenciamento e entrega de material aos congressistas
18:00 h - Cerimônia de abertura do 12º Congresso Brasileiro de Folclore
Homenagem póstuma a Rose-Marie Reis Agrifoglio, por Paula Simon Ribeiro
- Lançamento dos Anais do XI Congresso Brasileiro de Folclore
Bariani Ortêncio – presidente da Comissão Goiana de Folclore
19:00 h – Conferência 01 – Luís da Câmara Cascudo: um brasileiro feliz.
Conferencista Prof. Dr. Diógenes da Cunha Lima
Presidência da mesa: Dra. Anna Maria Cascudo Barreto
20:00 h – Entrega de condecorações e outras honrarias
20:30 h Abertura do Salão Brasileiro de Arte e Cultura Popular, da Praça Sabor Brasil.


Dia 30 de agosto – quarta-feira

08 às 12 horas – Reuniões dos grupos de trabalho
08 às 12 horas – Oficinas
14:00h – Conferência 02 – Tradições nordestinas: heranças lusitanas.
Conferencista: Antônio Pinelo Tiza (Bienal Mascarate, Bragança, Portugal)
Debatedor: Dácio Galvão – Presidente da Fundação Capitania das Artes – Natal / RN.
15:00 h – Conferência 03 – Folclore e turismo.
Conferencista: Clerton Martins (Universidade de Fortaleza – Comissão Cearense de Folclore). Debatedores: Olimpio Bonald Neto (Comissão Pernambucana de Folclore), Maria Alice Amorim (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
16:30 h – Mesa-redonda 01 – Literatura popular em verso: tradição e contemporaneidade. Expositores: Arnaldo Saraiva (Universidade do Porto). Vicente Sales (Universidade Federal do Pará). Luiz Antônio Barreto (Comissão Sergipana de Folclore)
16:30 h – Mesa-redonda 02 – Turismo, diversidade cultural e desenvolvimento sustentável. Expositores: Jurema Dantas (Universidade Potiguar). Isaura Amélia Rosado Maia (Fundação José Augusto – RN). José Moreira de Souza (Fundação João Pinheiro – MG)
17:30 h – Mesa-redonda 03 – Estudos cascudianos. Expositores: Ático Vilas Boas da Motta (Comissão Baiana de Folclore). Maria Thereza Lemos de Arruda Camargo (Comissão Paulista de Folclore). Vicente Serejo (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
17:30 h – Mesa-redonda 04 – Culinária, folclore e turismo. Expositores: Bariani Ortêncio (Comissão Goiana de Folclore). Vivaldo Costa Lima (Comissão Baiana de Folclore). José Carlos Rossato (Comissão Paulista de Folclore).

Dia 31 de agosto – quinta-feira

08 às 12 horas – Reuniões dos grupos de trabalho
08 às 12 horas – Oficinas
14:00 h – Conferência 04 – Tradição oral, registro e recriação.
Conferencista: Bráulio do Nascimento (Comissão Nacional de Folclore). Debatedores: Gilmar de Carvalho (Universidade Federal do Ceará). Beliza Áurea Mello (Universidade Federal da Paraíba).
15:00 h – Conferência 05 – O cordel no século XXI
Conferencista: Ria Lemaire (Universidade de Poitiers – França). Debatedores: Rosilene Melo (Universidade Federal de Campina Grande). Neuma Fechine Borges (Comissão Paraibana de Folclore).
16:30 h – Mesa-redonda 05 –Turismo e religiosidade popular. Expositores: Mundicarmo Ferretti (Comissão Maranhense de Folclore). Angélica Hoeffler (Universidade do Grande ABC - São Paulo). Sandro Guimarães de Salles (Universidade Federal de Pernambuco)
16:30 h – Mesa-redonda 06 – Parafolclore e turismo. Expositores: Aglaé D´Ávila Fontes (Comissão Sergipana de Folclore). Cáscia Frade (Comissão Nacional de Folclore). Maria de Lourdes Macena (Comissão Cearense de Folclore).
17:30 h – Mesa-redonda 07 – Artesanato e turismo. Expositores: Beatriz Dantas (Universidade Federal de Sergipe). Ângela Savastano (Museu do Folclore de São José dos Campos). Dorian Gray Caldas (Academia Norte-riograndense de Letras).
17:30 h – Mesa-redonda 08 – Lúdica e turismo. Expositores: Altimar de Alencar Pimentel (Comissão Paraibana de Folclore), Dione Peña Zanatta (Comissão Gaúcha de Folclore). Delzimar Coutinho (Comissão Fluminense de Folclore).


Dia 1º de setembro – sexta-feira
08 às 12 horas – Reuniões dos grupos de trabalho
08 às 12 horas – Oficinas
14:30 h – Mesa-redonda 09 – Ocorrências lúdico-religiosas no Folclore. Expositores: Ulisses Passarelli (Comissão Mineira de Folclore). Roberto Benjamin (Comissão Pernambucana de Folclore). Osvaldo Meira Trigueiro (Universidade Federal da Paraíba)
14:30 h – Mesa-redonda 10 – Promoção oficial: folclore, parafolclore e turismo. Participantes: Toninho Macedo (Comissão Paulista de Folclore). Teresinha Heimann (Fundação Cultural de Blumenau). Maria do Socorro Araújo (Comissão Maranhense de Folclore)
15:30 h – Mesa-redonda 11 – Memórias e reflexões sobre a literatura popular. Participantes: Neide Medeiros Santos (Comissão Paraibana de Folclore). Manuel Fonseca dos Santos (Universidade de Poitiers). John Rex Gadzekpo Amuzu (Universidade de Gana).
15:30 h – Mesa-redonda 12 – Patrimônio imaterial e turismo. Expositores: Julie Cavignac (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Lélia Pereira da Silva Nunes (Comissão Catarinense de Folclore). Júlio Gomes (Comissão Espírito-Santense de Folclore).
17:00 h – Reunião plenária da Comissão Nacional do Folclore
18:00 h – Encerramento do Congresso



GRUPOS DE TRABALHO

Público-alvo: Estudiosos da Ciência do Folclore e da cultura popular, pré inscritos
Local: CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica do RN
Data: 29 de agosto a 1º de outubro de 2006 Horário: 08 às 12 horas

GT 01 – Religião e cultura popular
Coordenação: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Endereço eletrônico: religcong12@hotmail.com

GT 02 – Música e cultura popular
Coordenação: FCC – Faculdade Câmara Cascudo
Endereço eletrônico: mcpcong12@hotmail.com

GT 03 – Dança e cultura popular
Coordenação: Centro Federal de Educação Tecnológica do RN
Endereço eletrônico: dancpcong12@hotmail.com

GT 04 – Culinária e medicina popular
Coordenação: Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do RN
Endereço eletrônico: culmedcong12@hotmail.com

GT 05 – Folclore e turismo
Coordenação: Universidade Potiguar
Endereço eletrônico: folturcong12@hotmail.com

GT 06 – Cultura popular e comunicação
Coordenação: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
Endereço eletrônico: cpcomcong12@hotmail.com

GT 07 – Folclore nas práticas pedagógicas
Coordenação: Instituto Brasil de Pesquisas e Ensino Superior /
Universidade Estadual Vale do Acaraú
Endereço eletrônico: folppcong12@hotmail.com

GT 08 – Oralidade e transmissão do saber
Coordenação: Faculdades de Ciências Empresariais e Estudos
Costeiros de Natal
Endereço eletrônico: oraltscong12@hotmail.com

GT 09 – Patrimônio imaterial.
Coordenação: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Museu Câmara Cascudo)
Endereço eletrônico: patrimcong12@hotmail.com

GT 10 – Artesanato e festas populares
Coordenação: Faculdades de Ciências, Cultura e Extensão do RN
Endereço eletrônico: artfescong12@hotmail.com

OFICINAS

Público-alvo: Estudiosos, profissionais e estudantes das temáticas abordadas

Data: 30 de agosto a 1º de setembro Horário: 08 às 12 horas

Local: CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte


Oficina 01 – Ciclos folclóricos e festas na escola
Ministrante: Cirinéia do Amaral

Oficina 02 – Cinema e vídeo na cultura popular
Ministrante: Buca Dantas

Oficina 03 – Folclore e turismo cultural.
Ministrantes: Clerton Martins e Severino Lucena Filho

Oficina 04 – Xilogravura.
Ministrantes: Aucides Sales e Marcelo Soares

Oficina 05 – Dança
Ministrante: Eleonora Gabriel e Cátia Cupertino

Oficina 06 – Brinquedos e brincadeiras populares
Ministrante: Lerson Fernando e Emanuel Amaral

Oficina 07 – Ritmos Folclóricos
Ministrantes: Jorge Santos


CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CULTURA FOLCLÓRICA

Público-alvo: Professores e estudantes de segundo e terceiro graus

Data: 29 de agosto a 01 de setembro – terça, quarta, quinta e sexta-feira

Local: CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte


Dia 29 de agosto – terça-feira

08:00 h – Abertura
Paula Simon Ribeiro – Presidente da Comissão Nacional de Folclore
Deífilo Gurgel – Presidente da Comissão Norte-Riograndense de Folclore
08:20 h - Comunicação –Tempos do folclore potiguar – Djalma Maranhão, Câmara Cascudo e Joaquim Caldas Moreira.
Comunicador: Moacir de Góis – Rio de Janeiro - RJ
09:00 h – Aula 01 – A Carta do Folclore brasileiro
Ministradora: Cáscia Frade – Universidade Estadual do Rio de Janeiro
10:00 h – Aula 02 – Cultura afro-brasileira
Ministrador: Luiz Assunção – Universidade Federal do Rio Grande do
Norte
11:00 h – Aula 03 – Danças folclóricas do Rio Grande do Norte
Ministrador: Severino Vicente – Comissão Norte-Riograndense de Folclore
14:00 h – Aula 04 – Literatura de cordel e turismo no Rio Grande do Norte
Ministrador: Gutenberg Costa – Comissão Norte-Riograndense de Folclore
15:00 h – Aula 05 – Turismo religioso no Rio Grande do Norte
Ministrador: Antônio Marques – Comissão Norte-riograndense de Folclore
16:00 h – Aula 06 – Cantorias do Rio Grande do Norte
Ministrador: José Lucas de Barros – Comissão Norte-riograndense de Folclore

Dia 30 de agosto – quarta-feira

09:00 h – Aula 07 – Literatura popular na região Sul
Ministrador: Ivo Benfatto – Comissão Gaúcha de Folclore
10:00 h – Aula 08 – Turismo e grupos parafolclóricos
Ministradora: Teresinha Heimann – Universidade de Blumenau /SC
11:00 h – Aula 09 – Cultura popular na fronteira Oeste
Ministradora: Marlei Sigrist – Comissão Sul-matogrossense de Folclore
14:00 h – Aula 10 – Folguedos e danças do Leste
Ministrador: Luiz Carlos Ribeiro – Comissão Espírito-santense de Folclore
15:00 h – Aula 11 – Folias de reis
Ministrador: Affonso Furtado da Silva – Comissão Fluminense de Folclore
16:00 h – Aula 12 – Folguedos e danças do Nordeste I
Ministradores: Ranilson França – Comissão Alagoana de Folclore
Verônica Maria Ribeiro – Universidade Federal do Piauí - UFPI


Dia 31 de agosto – quinta-feira

09:00 h – Aula 13 – Folguedos e danças da região Sul
Ministrador: Reginaldo Gil Braga – Universidade Federal do Rio Grande do
Sul
10:00 h – Aula 14 – Cordel: resistência heróica
Ministradores: Joaquim Crispiniano Neto - Escola de Agronomia de Mossoró
Franklin Machado – Universidade Estadual de Feira de Santana
11:00 h – Aula 15 – Folguedos de danças do Nordeste II
Ministradora: Roza Santos – Comissão Maranhense de Folclore
14:00 h – Aula 16 – Projeção do Folclore em danças e Folguedos I
Ministrador: Toninho Macedo – Comissão Paulista de Folclore
15:00 h – Aula 17 – Religiosidade popular: cultos e folguedos
Ministrador: Afonso Aguiar Filho – Comissão Pernambucana de Folclore
16:00 h – Aula 18 – Medicina popular
Ministrador: Iaperi Araújo – Comissão Norte-Riograndense de Folclore

Dia 1º de setembro – sexta-feira

09:00 h – Aula 19 – Folclore infantil
Ministradora: Neusa Bonna Secchi – Comissão Gaúcha de Folclore
10:00 h – Aula 20 – O ensino com o Folclore
Ministradora: Cirinéia do Amaral – Comissão Pernambucana de Folclore
11:00 h – Aula 21 – Projeção do Folclore em danças e folguedos II
Ministradora: Aglaé D’Avila Fontes – Universidade Federal de Sergipe
14:00 h – Aula 22 – Literatura popular: o conto
Ministradora: Doralice Alcoforado – Comissão Baiana de Folclore
15:00 h – Aula 23 – Lendas e mitos: ocorrências urbanas
Ministradora: Rúbia Lóssio – Fundação Joaquim Nabuco
16:00 h – Aula 24 – Artesanato: influência do colonizador europeu
Ministradora: Lélia Pereira Nunes – Comissão Catarinense de Folclore.
17:00 h - Encerramento do Curso.



FORUM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DO CANGAÇO

A Comissão Nacional de Folclore e a Comissão Norte-riograndense de Folclore, tendo em consideração que os estudos do banditismo ocupam a atenção e o entusiasmo de inúmeros especialistas, em colaboração com a Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, de Mossoró (RN), realizam um fórum, paralelo ao 12º Congresso Brasileiro de Folclore, sobre a temática do cangaço, com a seguinte programação:

Dia 30 de agosto – quarta-feira

– 10:00 horas – Local: CEFET RN
Conferência 1 – O romanceiro da gesta do cangaço
Conferencista: Deífilo Gurgel – (Comissão Norte-riograndense de Folclore)

– 11:00 horas – Local: CEFET RN
Conferência 2 – Presença da mulher no cangaço
Conferencista: Ilsa Fernandes Queiroz – (Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço)

Dia 31 de agosto – quinta-feira

– 10:00 horas – Local: CEFET RN
Conferência 3 – Cangaceiros na Bahia
Conferencista: Oleone Coelho Fontes (escritor, jornalista).

– 11:00 horas – Local: CEFET RN
Conferência 4 – Jesuíno Brilhante e Antônio Silvino no Rio Grande do Norte
Conferencista: Geraldo Maia do Nascimento (Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço)

Dia 1º de setembro – sexta-feira

– 10:00 horas – Local: CEFET RN
Conferência 5 – Combate ao cangaço: aspectos sociais
Conferencista: Geraldo Ferraz (Universidade Federal de Pernambuco)

– 11:00 horas – Local: CEFET RN
Conferência 6 – Faces do banditismo e a ação policial militar
Conferencista: Roberto Monteiro (Faculdades de Olinda, historiador; oficial da reserva da Polícia Militar de Pernambuco)